sábado, 28 de agosto de 2010

Dor de outrora


Essas reflexões foram escritas pelo meu querido amigo Carlos Henrique, colega de trabalho e parceiro de viagens filosóficas, especialmente para o blog do Visconde. Apreciem!

Agora sei que a dor sentida neste instante é a mesma de outrora, talvez seja preciso apenas uma canção para transformar esta pedra de amargura numa salgada lagoa de prantos. Poderia parafrasear alguns poetas dizendo que “o homem com uma dor é muito mais elegante”, mas que elegância existe em alguém que anda cabisbaixo? Que elegância existe em alguém que não consegue encarar a própria dor? É meus caros poetas! Vocês sim sabiam o que estavam dizendo, o homem é capaz de sentir uma dor insuportável que até seria bem vinda se fosse apenas uma dor física, mas não, essa dor sentida pelo homem ultrapassa até mesmo o sofrimento físico, isso é o que chamamos de sofrimento da alma. Será o mau do século? Arriscaria dizer que é o mau de todos os séculos. O homem parece ser uma criatura odiada pela natureza, porque temos que sentir tudo o que sentimos? Seriamos criaturas mais felizes se apenas vivêssemos, mas não, a natureza nos deu o dom/maldição de existir, e cá estamos numa existência regrada a doses cavalares de ressentimento, angustia, sofrimento e perseguindo constantemente aquilo que um dia foi chamado felicidade. O que posso fazer com esse pequeno e fulgás presente da natureza? Não quero encontrá-la e descobrir que alcancei apenas o rastro da tal felicidade, dá-me luz ó deus dos deuses, dá-me luz.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Na calada da noite

Como pode a Lua do alto de sua frieza
Causar tanto rebuliço em meu ser?
Desenterra tantos fantasmas
Ressuscita em mim tantas dores
E, logo após, esconde-se entre as nuvens
Deixando-me em minha angústia
Acompanhado por minhas memórias tristes
Por meus amores falidos
Por minha arrogância inconsciente

A Lua não me dá trégua

Eu também não deveria te dizer
Mas essa Lua
Mas esse vinho
Realmente, botam a gente comovido como o diabo.

sábado, 21 de agosto de 2010

Argolas prateadas()

Estou olhando para sua foto
E a vontade de morrer é grande
Tavez eu voltasse e...
Talvez eu simplesmente morresse
Talvez se eu te ligar agora você não atenda

Estou olhando bêbado para sua foto
E acredito que você realmente esteja
sorrindo pra mim
A par de toda a dor. Das lágrimas e da vergonha
Você continua sorrindo para mim
Toda hora. Todo dia
Estou olhando para a sua foto

sábado, 7 de agosto de 2010

Quando eu crescer...


Essa poesia foi escrita por Isabelle, minha prima linda e muitíssimo inteligente, de 11 aninhos, que mora no RJ. Apreciem.

Quando eu crescer...

Às vezes a gent pensa , Quando crescer... Mas o que não sabemos é que o futuro a Deus pertence.

Quando eu crescer,
Eu fico pensando
Não sei o que vou ser,
Mas fico imaginando

E se eu for bailarina
Ou quem sabe uma escritora
Ou talvez uma atriz
Ou até mesmo cantora.

Dizem que as crianças
Têm cabeças de gigante
E assim eu digo:
Quando eu crescer, serei grande...

Isabelle Mendes