terça-feira, 13 de novembro de 2012

Após trocar em miúdos

A par da dor
Da tristeza
E da solidão

Ainda me restam o vento
O sol
E o horizonte

domingo, 13 de novembro de 2011

Aqui ou lá...

Aqui ou lá
Ou lá acolá.
Um lugar com nome próprio não é o mais importante
O importante é o que você quer sentir lá nesse lugar.

Fuga, tentativas, resignação... Por que queres fugir?

Seus sentimentos continuarão existindo aqui ou lá
Persistindo dentro de você, te seguindo
Às vezes serão sua única companhia

Por isso seria bom se resolver por aqui
Antes de ir para lá, ou para acolá
Adiar o inevitável é postergar a dor

Lembre-se que seu corpo pode estar em muitos lugares
Mas se a sua mente não acompanha-lo
Você não estará em lugar algum.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Esclarecimentos sobre um fato matinal

Na segunda-feira pela manhã
Não discuto!
Simplesmente ouço em silêncio
E peço desculpas.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

EU MESMO*

Lembro de quando eu era poesia
E ela reportagem policial

Eu era melodia harmoniosa
E ela batidas compassadas

Eu era sexta-feira
E ela terça, quarta, quinta e/ou sexta-feira

Eu era cinema nacional
E ela “Pica-pau”

Por mais dois anos eu a encontraria
Por ela, menos 2 e me acertaria

De tanto repetir para os outros
Ela se libertou

E me lançou ao cativeiro em seu lugar
No qual eu mesmo lhe havia jogado.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Poema de quatro faces

Já não passo um dia sem pensar em você
Já passo um, dois, três e quatro
E em todos esses dias lembro-me que já te esqueci
Retiro pelo menos quatro minutos para esse ritual

Lembro-me de quatro crepúsculos que perdemos
Lembro-me de quatro alvoradas que não esperamos
Lembro-me de quatro palavras não ditas

Enfim, lembro-me de quatro pares de coisas
Lembro de quatro em quatro dias
Às quatro da manhã ou às quatro da noite

Quatro dias anuais por mês
Quatro meses diários por ano
Vivendo quatro por mais quatro
Sobrevivendo de quatro em quatro

24º

Da vida... De tudo um pouco!
Engula a casca e deguste o recheio
Nunca parta nada ao meio
Não se finja, apenas seja o louco.

O tempo não existe
Só existe o espaço e o que ele contém
E sempre caminhamos para o além
Para longe de tudo o que insiste

Um pouco de recheio é meio louco
Porque o além que me contém existe e insiste
Incapaz de matar-me ou de amar-me

Será que existe um louco capaz de amar-me?

Pulando a janela

A poesia que corre em tuas veias
É a mesma que seca minh’alma
Da vida já tirei os 9 e ainda sobram uns 4.

Sem qualquer resto de inspiração, começo a ficar obtuso
Convexo. Tranparente...
Já não me servem janelas, nem alcunhas
Pois, simplesmente, não existo mais.

Me consumi em um suspiro lento e relaxante
Imoral, prazeroso. Um suspiro final
De simples aceitação ante o fim irascível.

Quando voltei da road trip você não estava mais aqui
Muito menos o seu sorriso
Devo ir agora.

O prazer poderia ter sido meu
Mas nunca senti coisa alguma

sábado, 28 de agosto de 2010

Dor de outrora


Essas reflexões foram escritas pelo meu querido amigo Carlos Henrique, colega de trabalho e parceiro de viagens filosóficas, especialmente para o blog do Visconde. Apreciem!

Agora sei que a dor sentida neste instante é a mesma de outrora, talvez seja preciso apenas uma canção para transformar esta pedra de amargura numa salgada lagoa de prantos. Poderia parafrasear alguns poetas dizendo que “o homem com uma dor é muito mais elegante”, mas que elegância existe em alguém que anda cabisbaixo? Que elegância existe em alguém que não consegue encarar a própria dor? É meus caros poetas! Vocês sim sabiam o que estavam dizendo, o homem é capaz de sentir uma dor insuportável que até seria bem vinda se fosse apenas uma dor física, mas não, essa dor sentida pelo homem ultrapassa até mesmo o sofrimento físico, isso é o que chamamos de sofrimento da alma. Será o mau do século? Arriscaria dizer que é o mau de todos os séculos. O homem parece ser uma criatura odiada pela natureza, porque temos que sentir tudo o que sentimos? Seriamos criaturas mais felizes se apenas vivêssemos, mas não, a natureza nos deu o dom/maldição de existir, e cá estamos numa existência regrada a doses cavalares de ressentimento, angustia, sofrimento e perseguindo constantemente aquilo que um dia foi chamado felicidade. O que posso fazer com esse pequeno e fulgás presente da natureza? Não quero encontrá-la e descobrir que alcancei apenas o rastro da tal felicidade, dá-me luz ó deus dos deuses, dá-me luz.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Na calada da noite

Como pode a Lua do alto de sua frieza
Causar tanto rebuliço em meu ser?
Desenterra tantos fantasmas
Ressuscita em mim tantas dores
E, logo após, esconde-se entre as nuvens
Deixando-me em minha angústia
Acompanhado por minhas memórias tristes
Por meus amores falidos
Por minha arrogância inconsciente

A Lua não me dá trégua

Eu também não deveria te dizer
Mas essa Lua
Mas esse vinho
Realmente, botam a gente comovido como o diabo.

sábado, 21 de agosto de 2010

Argolas prateadas()

Estou olhando para sua foto
E a vontade de morrer é grande
Tavez eu voltasse e...
Talvez eu simplesmente morresse
Talvez se eu te ligar agora você não atenda

Estou olhando bêbado para sua foto
E acredito que você realmente esteja
sorrindo pra mim
A par de toda a dor. Das lágrimas e da vergonha
Você continua sorrindo para mim
Toda hora. Todo dia
Estou olhando para a sua foto