sábado, 29 de maio de 2010

Cárcere do visconde

E ela veio a mim
Sem eu pedir. Por sorte.
Vespertinamente apareceu rodeada de amazonas
Furtivamente. Com um vestido branco e um olhar de ressaca.

Sem o seu cavalo prateado.
Impossível a aproximação. Cerco fechado. O que fazer?
Esperar a providência divina...
Esperar... Esperar!

Que bela guerreira.
De costas para mim, mas guardada pela sua honra e glória
Povoando fábulas há tanto tempo
De tão linda, parece com a morte.
Mas também pode ser vida, depende da vítima.

Percebo que já sou prisioneiro
Seu algoz. Seu tudo. Seu nada
Lágrimas em meio ao gozo.
Mas eu tenho que salvar o mundo.
Eu tenho que salvar o meu mundo.

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